Servidores ambientais federais reunidos em assembleia da Asibama-DF nesta sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024, receberam com indignação a contraproposta do MGI sobre a reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente. Os servidores rechaçaram por ampla maioria a proposta e indicaram a continuidade de mobilizações e luta pela melhoria da Carreira.
A sensação de todos os presentes na assembleia é de que a cúpula do MGI tratou os servidores ambientais com deboche e desprezo ao apresentar proposta tão deslocada da realidade, demonstrando um profundo desconhecimento sobre as atribuições dos órgãos ambientais federais, entregando qualquer coisa no equívoco de passar a ideia de que “fizemos nossa parte”.
Isso demonstra que a equipe que apresentou tal proposta está totalmente desconectada com o discurso das duas ministras (MGI e MMA). Isso se torna até caricato (de muito mau gosto) quando relembramos que nos últimos dias, a Ministra Esther Dweck (MGI), declarou em diversas entrevistas sobre o comprometimento do ministério para com os servidores ambientais. Que comprometimento é esse que propõe a desestruturação da categoria e por conseguinte o enfraquecimento completo da gestão ambiental?
Gestão ambiental esta, sob o comando da ministra Marina Silva, que parece não entender a centralidade e urgência das demandas da categoria para garantir a entrega de resultados que o governo tanto promete para a comunidade internacional. Várias reuniões entre os ministérios aconteceram e a pergunta que fica é: eram reuniões para quê? A proposta dos servidores, ratificada pela ministra do MMA e encaminhada ao MGI, foi ao menos analisada pelo MGI? Acreditamos que não, pois a contraproposta apresentada pelo MGI aos servidores não guarda qualquer correlação com a proposta da categoria, não considera as especificidades das competências e atribuições dos órgãos ambientais e desrespeita profundamente a história de luta da categoria e os avanços previamente alcançados, ofertando apenas retrocesso!
Portanto, essa nota traduz a total revolta pelo tratamento despendido aos servidores ambientais federais, lotados no IBAMA, ICMBio, MMA e Serviço Florestal Brasileiro. Mais que nunca, nos fortalecemos diante do contexto, pois conhecemos nossa realidade, somos cientes de nossas contribuições e responsabilidades e não aceitaremos algo que nem de migalhas podemos chamar. Seguimos em luta!